- O SENHOR veio a ABRAÃO quando este
estava na entrada da tenda no calor do dia, e ele viu 3 homens em pé junto a
ele. ABRAÃO pediu ao SENHOR que
permitisse que ele lavasse os pés e oferecesse pão para se fortalecessem,
já que passaram por ali. Os homens aceitaram o presente.
- Abraão identificou de imediato a presença de DEUS diante de si, por mais que estivesse na forma humana.
- Mais um caso que indica uma teofania. Entende-se que esses 3 homens seriam DEUS e mais 2 anjos, tanto que quando Abraão pede para servi-los, chama (um deles) de "SENHOR meu". Outra interpretação menos sustentável é que os 3 seriam como que representações das pessoas da TRINDADE. O versículo 5 apresenta a resposta à oferta com um aparente "uníssono" positivo, o que poderia ser interpretado com uma resposta única (como se os 3 fossem um só) porém a primeira interpretação é mais coesa tendo em vista que na sequência do texto (a partir de Gn19:1), os anjos são mencionados literalmente. Alguns interpretam que essa teofania na verdade era também uma cristofania, ou seja, o VERBO eterno de DEUS (a segunda Pessoa da TRINDADE) estaria diante de Abraão milênios antes de encarnar como JESUS CRISTO. Isso fortalece ainda mais a fala de JESUS perante os escribas e fariseus quando disse que antes mesmo de Abraão existir, ELE "já é" (João 8:58).
- O termo que aparece no versículo 1 (SENHOR), se refere ao nome de DEUS transliterado, que conhecemos em português como JEOVÁ ou IAVÉ.
- ABRAÃO depressa falou que SARA
fizesse bolos e também separou um boi para servir de alimento. Tomou então manteiga,
leite e a carne do boi e os deu aos homens, que comeram.
- Ao ter sua oferta aceita Abraão se empenhou em cumpri-la, "sem economia".
- Perguntaram onde estava SARA,
e ABRAÃO disse que ela estava na tenda. E um deles disse que voltaria na
primavera e SARA teria um filho, e SARA ouviu isso.
- Sara estava próximo ao local quando perguntaram a seu respeito, e ouviu então que teria um filho na próxima primavera.
- A próxima visita a Abraão equivale à bênção que ele receberia através de Sara.
- ABRAÃO e SARA já eram velhos,
e o tempo fértil de SARA já havia acabado, ela então riu consigo mesmo dizendo: "Depois de velha, e velho o meu senhor, terei ainda prazer?"
- O limite natural estava exposto na mente de Sara, ela já não tinha idade para ter filhos e sua reação foi de descrença, de certa forma até de zombaria.
- E o SENHOR disse a ABRAÃO que para ELE nada é difícil, por isso SARA não deveria rir.
- Mais uma vez encontramos DEUS falando sobre Seu poder ilimitado e Sua Soberania, deixando claro que não há qualquer dificuldade para ELE em realizar o que deseja.
- Mesmo que Sara não tenha dito aquilo, DEUS conhecia seus pensamentos. Isso mostra que a pergunta feita antes, sobre onde Sara estava, era mais uma das perguntas retóricas de DEUS, que sabia que ela estava ali os ouvindo.
- O termo que aparece no versículo 13 (SENHOR), se refere ao nome de DEUS transliterado, que conhecemos em português como JEOVÁ ou IAVÉ. Outra "pista" de que um daqueles 3 homens era DEUS em uma forma humana.
- SARA, com medo, negou que
havia rido, mas Ele disse que ela havia rido sim.
- Não adiantava Sara tentar negar o que pensou, pois estava diante do DEUS ONISCIENTE.
- Os homens então se foram em
direção a Sodoma, e ABRAÃO foi com eles.
- A terra onde vivia Ló, cujo rei havia tentado negociar com Abraão e teve sua oferta rejeitada.
- O plano de DEUS seria então revelado a Abraão, pela estima de DEUS por ele.
- É evidente que tudo o que viria a acontecer é atribuído a DEUS. Desde o surgimento da grande nação que viria de Abraão até a manutenção das instruções divinas de geração a geração, tudo seria realizado por DEUS, mediante a eleição de Abraão para ser co-participante. Abraão e seus sucessores tinham responsabilidades e o dever de obediência, mas o cumprimento de tudo é atribuído a DEUS.
- DEUS disse que o clamor contra Sodoma
e Gomorra havia se multiplicado porque seu pecado se agravado muito, então Ele
desceria para ver seus atos.
- DEUS é ONISCIENTE (como foi demonstrado versículos antes), mas o que vemos aqui é uma demonstração de como funciona logicamente a aplicação de Sua Justiça. Ele julgaria se os clamores feitos a ELE eram procedentes através da visitação daquela terra e traria a justiça através da punição dos injustos. O sentido aqui é mais didático do que "burocrático", por mais que de fato DEUS estivesse presente ali.
O apelo de Abraão:
- Então os homens se viraram
para ir a Sodoma, mas ABRAÃO permaneceu e perguntou a DEUS se ELE destruirá tanto justos
como ímpios.
- Abraão se compadece e apela para a justiça de DEUS, questionando se ELE desampararia os justos ao destruí-los juntamentos com os injustos. A partir daí ele insistiria, tentando quantificar o número de justos e perguntando como DEUS os trataria:
- ABRAÃO perguntou se a cidade seria poupada caso houvesse 50 justos nela, dizendo que o Juiz de toda a terra não justo ao fazer isso.
- DEUS disse que não destruiria Sodoma caso houvesse ali 50 justos, por amor a eles.- ABRAÃO reconheceu seu atrevimento, dizendo ser somente pó e cinza, mas questionou o que seria feito se fossem 45 justos.
- DEUS disse que não destruiria Sodoma caso houvesse ali 45 justos.- ABRAÃO perguntou se a cidade seria poupada caso houvesse 40 justos.
- DEUS disse que não destruiria Sodoma caso houvesse ali 40 justos.- ABRAÃO perguntou se a cidade seria poupada caso houvesse 30 justos.
- DEUS disse que não destruiria Sodoma caso houvesse ali 30 justos.- ABRAÃO perguntou se a cidade seria poupada caso houvesse 20 justos.
- DEUS disse que não destruiria Sodoma caso houvesse ali 20 justos, por amor a eles.- ABRAÃO perguntou se a cidade seria poupada caso houvesse 10 justos.
- DEUS disse que não destruiria Sodoma caso houvesse ali 10 justos, por amor a eles. E dito isso DEUS se retirou e ABRAÃO foi para seu lugar.
- Abraão em nenhum momento questionou a Justiça de DEUS, e reconhecia sua condição perante ELE, porém movido pela compaixão começou sua tentativa de negociação mencionando a possível existência de 50 justos na cidade (que seria possivelmente a metade dos habitantes daquela pequena cidade), e perguntando se a cidade seria poupada por causa deles. DEUS disse que se fosse assim a pouparia, então Abraão reduziu o número de justos gradativamente até 10, sempre obtendo a mesma resposta de DEUS. Até que ELE decide finalizar a "negociação".
- Ou seja, se em Sodoma houvesse pelo menos 10 justos, ela não seria destruída. Lembrando que o justo não era aquele que praticava toda a justiça de forma plena (perfeita), mas sim que refletia em seus atos o fruto da relação com DEUS.